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Maior acelerador de partículas do mundo reactivado no Outono

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Esta será a primeira vez na história do CERN em que este não será encerrado no Inverno

O maior acelerador de partículas do mundo será reactivado no Outono, depois de concluída a reparação da avaria ocorrida em Setembro do ano passado, o que implicará o não encerramento do CERN (Laboratório Europeu de Física de Partículas) pela primeira vez durante o Inverno, de acordo com o que noticia a agência Lusa.

«O que está previsto é que o CERN (Laboratório Europeu de Física de Partículas), onde está instalado o acelerador de partículas, funcionará durante o próximo Inverno, pela primeira vez na sua história», revelou um investigador português que estar a par do processo.

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De acordo com Pedro Abreu, investigador e coordenador da divulgação do LIP (Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas), os trabalhadores do Grande Colisionador de Hadrões (LHC) vão precisar de ter a máquina a funcionar depois da sua reactivação, prevista em princípio para Outubro ou Novembro.

O LHC começou a funcionar a 10 de Setembro de 2008. Contudo, uma avaria ocorrida nove dias depois, provocada por uma ligação eléctrica defeituosa, obrigou a uma paragem total da estrutura.

A falha provocou deteriorações mecânicas e uma fuga de hélio das massas frias de um íman, o que deu origem a uma prolongada reparação, tornada mais demorada pelo tempo necessário ao reaquecimento do sector afectado do LHC, já que funciona a temperaturas de até dois graus Kelvin (-271 C), e ao posterior arrefecimento. Toda a estrutura foi encerrada em Novembro, um procedimento habitual devido ao elevado custo da electricidade durante o Inverno o que também aumentou o tempo de reparação.

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«O sistema é arrefecido por sectores e cada sector leva meses a arrefecer, sendo que é preciso aquecer o sistema para se poder reparar», justificou o investigador.

O objectivo do LHC é criar condições para a colisão de protões a uma velocidade próxima da luz e simular, dessa forma, os primeiros milésimos de segundo do Universo, há cerca de 13,7 mil milhões de anos, no que será a maior experiência científica do século.

No CERN, concretamente neste projecto, participam dezenas de portugueses que têm funções diferentes.

Portugal é membro do CERN desde 1986.

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