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Ferreira Leite: situação de Portugal e Irlanda é incomparável

Social-democrata não deixou de critar, contudo, o facto de não se ter evitado situação actual

[Notícia actualizada às 7h50]

A ex-líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, afirmou esta terça-feira que a situação de Portugal e da Irlanda são incomparáveis, mas criticou o facto de o país não ter conseguido evitar a situação em que se encontra, noticia a Lusa.

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«São incomparáveis em muitas circunstâncias e, mesmo assim, estamos na situação em que estamos. Quer dizer que tudo o que temos feito está muitíssimo errado, senão tínhamos obrigação de estar melhor e não estamos», disse a social-democrata, à margem de um debate sobre o Orçamento do Estado, realizado em Alverca pela Comissão Política Concelhia do PSD de Vila Franca de Xira.

Sobre a possibilidade de intervenção do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Portugal, Ferreira Leite defendeu ser importante não acontecer. «É algo que não sou capaz de prever, mas seria bom tentar que não houvesse intervenção de mais uma instância internacional».

Quanto à influência do pedido de ajuda financeira da Irlanda, a ex-líder do PSD disse: «Vamos ver como é que os mercados encaram o nosso comportamento em termos de execução do orçamento.»

«Mais do que um Orçamento que vai ser aprovado, interessa ver qual a capacidade do Governo para o executar».

Orçamento de austeridade «era mais do que previsível»

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Manuela Ferreira Leite diz ainda que o Orçamento de austeridade previsto para 2011 «não é nenhuma surpresa».

«Não vale a pena as pessoas estarem muito espantadas porque um orçamento de grande austeridade e que impõe grandes sacrifícios era mais do que previsível».

«Há muito que avisávamos que o que estava a ser feito estava errado e ia ter consequências muito nefastas e penosas para os portugueses».

Manuela Ferreira Leite defendeu ainda que este será um tipo de orçamento a aplicar em anos seguintes. «Este é um orçamento com o qual os portugueses terão que viver vários anos porque a situação é extremamente grave e não se endireita em dois ou três anos».

A social-democrata recordou que as orientações políticas e económicas estão a ser ditadas pelo exterior e defendeu que a vida dos portugueses tem que mudar. «Se não mudar nada na vida dos portugueses entramos numa situação em que teremos que mudar à força, e é bom que a mudança seja por nossa iniciativa».

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