Advogado de Pinto da Costa desvaloriza acusação - TVI

Advogado de Pinto da Costa desvaloriza acusação

  • Portugal Diário
  • 13 jun 2007, 19:05

E salienta que ela assenta «nos mesmos factos que levaram ao anterior arquivamento» do inquérito

O advogado Gil Moreira dos Santos desvalorizou esta quarta-feira a acusação de corrupção desportiva feita a Pinto da Costa, presidente do FC Porto, salientando que ela assenta «nos mesmos factos que levaram ao anterior arquivamento» do inquérito, escreve a Lusa.

Num comunicado enviado aos órgãos de comunicação social, o advogado do presidente do FC Porto revela que Pinto da Costa teve conhecimento terça-feira da «acusação proferida em sede de um inquérito que já tinha sido arquivado por decisão de um magistrado do Ministério Público».

Gil Moreira dos Santos sustentou que esta acusação «assenta, essencialmente, nos mesmos factos que levaram ao anterior arquivamento».

O advogado recorda que o anterior arquivamento do inquérito foi justificado pelo magistrado, alegando que «os factos e o decurso dos acontecimentos não eram favoráveis a que se deduzisse que os alegados momentos de prazer proporcionados aos árbitros eram uma contrapartida de favores da arbitragem».

Por outro lado, ainda referindo-se à anterior decisão de arquivamento, salienta que o eventual acto de corrupção teria de se manifestar em algo objectivo e concreto, como uma arbitragem fraudulenta ou tendenciosa.

O advogado salienta que «esse dado não se retira da análise do jogo feita pelos árbitros/peritos», além de que o relatório do observador do arbitro no jogo FC Porto/Estrela da Amadora refere algumas criticas, mas «todas em prejuízo do FCP».

Depois de recordar os argumentos utilizados pelo magistrado para ordenar o anterior arquivamento do inquérito, o advogado considera que a decisão em sentido contrário agora anunciada resulta de «declarações que foram colhidas de uma testemunha», numa alusão a Carolina Salgado, ex-companheira de Pinto da Costa.

Para o advogado, esta testemunha «além de nada por si observado poder ter relatado, viu já a sua isenção apreciada pela opinião pública, quer na obra que escreveu, quer no aproveitamento que desta se fez e vai fazer».

Nessa perspectiva, Gil Moreira dos Santos questiona a sustentabilidade da acusação, mas também «o modo como se puderam extrair, nesta nova análise da mesma matéria, algumas conclusões, mesmo jurídicas, com as implicações que aparecem suscitadas» em órgãos de comunicação social.

O advogado conclui este comunicado salientando que o silêncio a que Jorge Nuno Pinto da Costa se tem remetido «não significa concordância».
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