Calota polar árctica desaparece já em 2030 - TVI

Calota polar árctica desaparece já em 2030

Gelo (arquivo)

Dentro de 10 anos o Árctico torna-se numa via marítima segura durante o Verão

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A calota polar árctica vai desaparecer totalmente no Verão dentro de «20 a 30 anos». Bastam, no entanto, 10 anos para que o Árctico se torne uma via marítima segura no período estival, concluiu um novo estudo divulgado esta quinta-feira e citado pela agência Lusa.

As conclusões são de um estudo do explorador britânico Pen Hadow, que mediu no terreno a espessura da camada de gelo, de modo a afinar as previsões sobre a fusão de calote árctica.

Durante os 73 dias de missão e nos quase 450 KM percorridos pela missão Catlin Arctic, a espessura média do gelo observada era de 1,8 metros e a das cristas formadas sob pressão 4,8 metros.

«Uma espessura de 1,8 metros é característica de uma camada de gelo formada num ano, que é mais vulnerável durante o Verão, sendo que o gelo acumulado em vários anos diminui de forma acelerada», afirmou Peter Wadhams, professor da Universidade de Cambridge, na apresentação dos resultados da missão.

«Isto é um exemplo concreto do aquecimento climático em acção», sublinhou.

Para Martin Sommerkorn, do Fundo Mundial para a Natureza (WWF), parceiro da expedição, «o estudo mostra um quadro muito sombrio da fusão da banquisa», que é «mais rápida do que se pensava», e esse desaparecimento terá «um impacto para além do Árctico».

Esta fusão provoca o desaparecimento da fauna, mas também uma subida do nível dos oceanos, modificações atmosféricas e correntes marítimas, além da libertação de volumes muito importantes de gases com efeito de estufa, considerados responsáveis pelas alterações climáticas, explicou.
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