Independente: universidade está vazia

Esta quinta-feira viveu-se uma manhã bastante calma nas instalações da Universidade Independente, justificada talvez pelo agitado final de tarde de ontem, quando um grupo de cerca de vinte alunos invadiu a reitoria e se barricou durante cerca de quatro horas.

Os jornalistas foram proibidos de entrar na UnI sem justificação aparente e não foi possível estabelecer qualquer tipo de comunicação com a universidade ou com a Associação Académica.

Durante várias horas de espera, o PortugalDiário conseguiu apurar que estiveram no local três inspectores da Direcção Geral do Ensino Superior, Lúcio Pimentel, presidente da Sociedade Independente para o Desenvolvimento do Ensino Superior (SIDES) e Frederico Arouca, filho do auto-intitulado reitor Luís Arouca, mas estes não prestaram declarações aos jornalistas.

Perto da hora do almoço, quando nos foi dada permissão para entrar no bar, foi possível passear pelos corredores da universidade e constatar que, apesar do colorido das paredes, o silêncio impera e as salas de aula estão completamente vazias.

O PortugalDiário ainda tentou falar com alguém da recepção para saber se as aulas estão a decorrer normalmente ou se já entraram no período de férias da Páscoa, mas, devido ao facto de ser hora de almoço, não se encontrava ninguém no local.

Para as 18:30 desta quinta-feira está agendada uma conferência de imprensa, convocada pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago, depois deste ter determinado a instrução de um processo de encerramento compulsivo da UnI por «manifesta degradação pedagógica».