CGD deverá aumentar capital em 2009 - TVI

CGD deverá aumentar capital em 2009

  • Sónia Peres Pinto
  • 14 nov 2008, 13:14
cgd

(Notícia actualizada com mais detalhes)

O presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Faria de Oliveira, acredita que o banco público terá de proceder a um aumento de capital já no próximo ano. Se tal acontecer, a operação terá de ser levada a cabo pelo accionista Estado.

À margem da assinatura de um protocolo entre o Estado, CGD e Banco Europeu de Investimentos (BEI), o responsável salientou ainda que em Setembro o Core Tier 1 do banco atingiu os 6,8%.

Este reforço do capital deve-se, em parte, às transferências realizadas para o BPN e, de acordo com as contas do líder do banco estatal, já atingiu os 800 milhões de euros, desde Setembro.

«Este valor não irá interferir nos resultados, mas poderá a requerer um reforço de capital caso não se atinja os rácios de solvabilidade recentemente exigidos», salienta.

Faria de Oliveira não sabe, no entanto, adiantar se as transferências vão ficar por aqui. «As transferências são realizadas à medida que o banco apresenta as suas necessidades e sempre no contexto de assegurar todo o tipo de compromisso da instituição. Isso significa que vai depender dos valores para aumento da liquidez que ainda serão necessários até ao final do ano», alerta.

A hipótese de aumentar o capital ainda este ano é afastada pelo responsável, já que, no seu entender, a CGD tem «rácios confortáveis».

Manter plano estratégico

Uma das prioridades do banco estatal é manter o seu plano de investimento. «O plano estratégico não foi abandonado, para concretizarmos determinadas aquisições, como em Angola, no Brasil e uma eventual aquisição em Espanha».

«Esta última prioridade (em Espanha) pode não se concretizada ainda este ano, poderá ter de ser adiada para 2009, mas continua a ser essencial. A nossa presença em Espanha tem de aumentar, quer em termos de dimensão, quer em significado».

Quanto a eventuais negociações com bancos espanhóis, Faria de Oliveira salienta que «as negociações são secretas, não se revelam, nem se dizem».
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