TAP forneceu à Concorrência toda a informação solicitada

O presidente da Autoridade da Concorrência, Abel Mateus, afirmou à saída de uma audição na comissão parlamentar de Assuntos Económicos, Inovação e Desenvolvimento Regional, que deverá passar à fase de investigação aprofundada na análise da compra da companhia aérea PGA pela TAP.

Abel Mateus, cita a agência «Lusa» adiantou que «não foi prestada informação suficiente sobre a rota Lisboa/Porto», na qual as duas companhias operam sozinhas.

Hoje, o porta-voz da companhia garantiu que a TAP prestou as informações pedidas pela AdC, em duas ocasiões diferentes, desde a notificação do negócio, em Novembro de 2006.

«A TAP tem sempre afirmado que o funcionamento articulado entre as duas companhias na rota Lisboa/Porto vai permitir melhorar o produto, beneficiando o consumidor», afirmou o porta-voz, quando questionado sobre as dúvidas da autoridade relativas àquela rota.

Actualmente, as duas companhias aéreas concentram os voos entre Lisboa e Porto nos períodos do dia de maior tráfego, deixando desguarnecidos os períodos de menor tráfego, mas actuando em conjunto podem articular os voos, permitindo um fluxo mais regular.

«Mesmo em termos de preços, é preciso não esquecer que as companhias aéreas concorrem nesse percurso com outros meios de transporte, como os autocarros, os comboios e até a auto-estrada, pelo que não podem exagerar no preço, sob o risco de perderem passageiros para os outros modos», referiu António Monteiro.

A 24 de Janeiro, o presidente executivo da TAP tinha afirmado, em declarações à agência Lusa, que a Autoridade da Concorrência tinha pedido informações, por duas vezes, mas não tinha solicitado quaisquer «remédios» para eventuais problemas de concorrência.