BIC Portugal: mercado de Capitais e banco de investimento será 2º etapa

O Banco BIC Portugal, que iniciou esta quinta-feira a sua actividade no mercado nacional, deverá numa segunda fase avançar para o mercado de capitais e para a banca de investimento e apostar fora do negócio bilateral Portugal-Angola.

A garantia foi dada esta manhã pelo presidente executivo do banco, Luís Mira Amaral, durante a apresentação oficial da instituição financeira.

Com esta estratégia o novo banco pretende afirmar-se, de acordo com o responsável, «como o pivot de operações de financiamento mais complexas para o mercado angolano».

Para isso, a instituição financeira prevê abrir escritórios de representação na Europa para apoiar o negócio de «private banking» na gestão de patrimónios financeiros angolanos na Europa e desenvolver a área de gestão de activos.

Veículo privilegiado nos mercados ocidentais

«O desenvolvimento da área de gestão de activos irá permitir ao Banco BIC português posiciona-se como veículo privilegiado para investimento angolano nos mercados ocidentais e ser reconhecido pelos investidores internacionais como gestor de veículos especialmente vocacionados para investimentos em Angola e noutros países lusófonos designadamente nas áreas da energia e do mercado de carbono», refere durante a apresentação.

Recorde-se que, nesta primeira etapa, o BIC Portugal vai assentar nas relações comerciais e de investimento entre os dois países e apresenta uma estrutura accionista semelhante ao BIC em Angola.

Apesar do clima de instabilidade que se vive no sector financeiro, Mira Amaral, acredita que «em contrapartida nasce num momento particularmente optimista da economia angolana e do relacionamento Portugal-Angola, em que é crucial que Portugal jogue com o dinamismo dos mercados não comunitários, como Angola para compensar o arrefecimento dos mercados americano e europeu».