Lucros do BCP caem 8,6% para os 478,3 milhões (act.)

Os lucros do BCP caíram 8,6 por cento para os 478,3 milhões de euros em base comparável. Este valor contrasta com os 523,2 milhões de euros registados no mesmo período do ano passado.

Este resultado que aponta para os 478 milhões de euros exclui os custos com a Oferta Pública de Aquisição sobre o BPI e os custos de reestruturação que totalizam 74 milhões de euros.

De acordo com o comunicado do banco enviado à CMVM, se se incluírem estes valores, o resultado líquido do banco decresceu 27,5% para os 403,7 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano.

Já o resultado antes de impostos, e excluindo lucros em operações financeiras, escalou 17%, enquanto que a margem financeira sofreu um aumento de 10% para os 1.149,7 milhões de euros.

O presidente do Conselho de Administração Executivo do BCP, Filipe Pinhal, diz em comunicado que «a turbulência vivida nos últimos tempos nos mercados financeiros internacionais, o impacto das alterações regulamentares em Portugal, bem como toda a problemática relativa à discussão de eventuais alterações ao modelo de governo societário, marcaram de forma significativa a performance do terceiro trimestre».

O responsável justifica ainda que o crescimento do volume de negócios com clientes mostram uma «visível recuperação da dinâmica comercial», mas, «fruto dos condicionalismos já referidos, a evolução da rendibilidade é aquém do desejável». O BCP contou com uma subida de 10,4% nos activos, até aos 85.056 milhões de euros, enquanto o crédito a clientes escalou 12,7% para os 63.051 milhões de euros. Já os recursos totais de clientes ascenderam a 61.339 milhões de euros, mais 9,4%.

A actividade internacional da instituição cresceu 47% nos primeiros nove meses com destaque para a actividade na Polónia, que valorizou 60% para os 88 milhões de euros, e na Grécia, que cresceu 28% face ao período homólogo.

No comentário aos resultados do BCP, Filipe Pinhal diz ainda que «não obstante o trimestre ter sido marcado por acontecimentos que condicionaram o normal enfoque do negócio, destaca-se pela positiva a recuperação evidenciada ainda no decorrer do terceiro trimestre da dinâmica comercial que se reflectiu no crescimento dos volumes de negócio, bem como a reafirmação do compromisso com os objectivos definidos no programa Millennium 2010».

Na Bolsa em Lisboa, as acções do BCP fecharam inalteradas nos 3,43 euros.