Venda de posição no BPI é «forte ajuda» no reforço de capitais do BCP - TVI

Venda de posição no BPI é «forte ajuda» no reforço de capitais do BCP

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Situação é encarada com a neutralidade de um acto normal de mercado para o BPI

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O BCP vendeu quase 10 por cento do capital do BPI à filha de José Eduardo dos Santos, o Presidente da República de Angola. Para os analistas, o negócio é bom para o banco de Carlos Santos Ferreira.

«O negócio tem de ser encarado de forma positiva», segundo uma análise do Caixa BI à Agência Financeira.

Já para o Banif, a operação é vista de forma «dúbia» para o Millennium. «Por um lado a venda foi feita a um preço superior ao de mercado, o que é positivo, mas por outro, é reconhecida como uma menos valia na contabilidade da instituição», acrescentou o Banif.

De acordo com os cálculos do Caixa BI, «o BCP deverá registar um valor de imparidade no quarto trimestre do ano de cerca de 65 milhões euros (considerando o preço de fecho da passada sessão)».

Não se excluem mais imparidades durante 2009

«Notamos que face às actuais perspectivas dos mercados accionistas não seriam de excluir mais imparidades durante o ano de 2009», adianta o Caixa BI.

Por diversas vezes o management do banco referira a intenção de alienar esta participação, embora fosse difícil vislumbrar na actual conjuntura um comprador para quase 10 por cento do capital social do Banco BPI a preços que fossem considerados aceitáveis.

Finalmente, o referido negócio, ao permitir um encaixe de cerca de 164 milhões de euros «é uma forte ajuda em matéria de reforço dos capitais próprios do Millennium BCP num enquadramento em que a adequação de capital é um dos elementos chave para o sector».

De acordo com o Caixa BI, «do ponto de vista do BPI, a alteração da sua estrutura accionista tem de ser encarada com a neutralidade de um acto normal de mercado».

Flexibilidade para mais movimentos no futuro

Segundo o Banif, esta operação, para o BPI, vem «reforçar o carácter do banco, bem como aumentar a flexibilidade para haverem mais movimentos no futuro». Neste sentido, a transacção é, para o banco de Fernando Ulrich, «claramente positiva», esclareceu à AF.

Ainda assim, «não deixa de ser potencialmente positivo o facto de um accionista (a partir de agora) de referência considerar a entrada na estrutura accionista do banco por um preço 33,1% superior ao preço de mercado», conclui a análise do Caixa BI.
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