Ao que o «Diário Económico» apurou, estes accionistas, que deverão representar no mínimo 15% do capital social do banco, irão propor, dentro de dias, a substituição do actual modelo dualista pelo anglo-saxónico.
Ou seja, a extinção do conselho geral de supervisão, órgão presidido por Jorge Jardim Gonçalves. As funções de fiscalização do banco passariam a ser competência de uma comissão de auditoria e de um revisor oficial de contas, que integrariam o conselho de administração. Este é o modelo adoptado, actualmente, pela PT e pela PT Multimédia.
Paulo Teixeira Pinto terá ainda tentado encontrar uma solução mais consensual dentro do banco, o que se revelou impossível.
O objectivo desta profunda alteração estatutária é clarificar, de uma vez por todas, a questão da liderança do BCP e reforçar o apoio a Paulo Teixeira Pinto. Por outro lado, o modelo dualista, adoptado há um ano pelo banco, não é apreciado pelos investidores.
Antes da polémica AG do BCP de 28 de Maio, vários accionistas, entre os quais João Rendeiro, João Pereira Coutinho, Joe Berardo, a EDP e o Fortis, apoiaram o actual presidente do conselho de administração, que consideram ser o líder certo para o BCP.
Contestaram as tentativas de Jardim Gonçalves para recuperar poder dentro do BCP e, por isso, preparavam-se para votar contra a proposta de alteração de estatutos do fundador do banco que, entre outras coisas, previa o reforço dos poderes do conselho geral de supervisão. A polémica proposta acabou, no entanto, por não ser votada, supostamente depois de Jardim Gonçalves se ter apercebido que seria chumbada.
Neste momento, este grupo de accionistas está a ultimar os pormenores da proposta de alteração de estatutos para depois pedir ao presidente da mesa da AG do BCP a convocação da reunião de accionistas. A data da AG ainda está em discussão, mas deverá ocorrer entre Agosto e Setembro.
Aliados de Teixeira Pinto voltam ao ataque
- Redação
- CPS
- 26 jun 2007, 07:53
Um grupo de accionistas próximo de Paulo Teixeira Pinto prepara-se para convocar uma assembleia geral (AG) para votar uma profunda alteração dos estatutos do BCP.
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