PetroChina torna-se maior companhia do mundo em capitalização bolsista

Isto ao ver o valor das suas acções disparar 191 por cento na sua estreia na bolsa de Xangai, capital económica chinesa, diz a «Lusa».

A petrolífera ultrapassa assim o gigante petrolífero ExxonMobil, dos Estados Unidos no primeiro dia na praça de Xangai, já se encontra cotada em Hong Kong e Nova Iorque, depois da maior oferta pública inicial de sempre na China.

As acções da empresa, a primeira de sempre a ultrapassar os mil milhões dólares (691.4 milhões de euros), entraram em bolsa a 16,7 reminbi (1,54 euros) subindo para os 48,62 reminbi (4.51 euros) pouco depois da abertura do mercado, um aumento de 191 por cento que deu à PetroChina um valor de mercado superior à ExxonMobil em cerca de 500 mil milhões de dólares (345,77 mil milhões de euros).

O valor de mercado da petrolífera chinesa atingiu os 1,1 triliões de dólares (760,7 mil milhões de euros) no início da sessão em Xangai até ter caído para os 980 mil milhões de dólares (667.97 mil milhões de euros).

No entanto, as receitas da PetroChina são apenas de cerca de um terço da ExxonMobil e a empresa chinesa não está sequer na lista das cinquenta maiores empresas mundiais em valor de receitas, o que levanta dúvidas sobre a racionalidade e sustentabilidade do mercado de acções chinês.

A bolsa chinesa vive uma época de crescimento sem precedentes e regista uma invasão de capitais de investidores que se recusam a aceitar que a bolha possa rebentar.

Segundo a imprensa estatal chinesa, o primeiro-ministro avisou que Pequim fará tudo o que puder para arrefecer os mercados.

«O governo vai tomar as medidas necessárias para prevenir bolhas e evitar enormes flutuações nos mercados. É nossa responsabilidade assegurar uma bolsa de valores justa, saudável e transparente», disse Wen Jiabao, citado esta segunda-feira pelo jornal oficial China Daily.

A bolsa chinesa subiu 130 por cento em 2006 e já cresceu 110 por cento em 2007.