Balanço positivo no combate aos fogos - TVI

Balanço positivo no combate aos fogos

  • Portugal Diário
  • 11 out 2007, 20:24

Bombeiros reconhecem «avanços» mas reconhecem ajuda do «tempo»

A Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP) manifestou esta quinta-feira no seu Conselho Geral agrado pela forma «bastante positiva» como se enfrentaram os incêndios florestais, sem deixar de apontar algumas críticas à situação da classe, escreve a Lusa.

A ANBP considera, no seu balanço, que «houve uma melhor gestão de meios e de recursos humanos» e que a constituição e a coordenação de equipas profissionais contribuiram para a «obtenção de bons resultados», como já defendiam propostas antigas dos bombeiros.

Destaca, também, que a campanha desenvolvida pelo Ministério da Administração Interna, junto da comunicação social e do público em geral, ajudou a «prevenir comportamentos de risco e a alertar para os perigos do uso indevido do fogo na floresta».

Aquela estrutura de classe salienta, ainda, que as condições atmosféricas «ajudaram à diminuição dos incêndios e no combate dos mesmos».

Contudo, o presidente da ANBP, Fernando Curto, em declarações à agência Lusa no final da reunião do Conselho Geral, apontou críticas à gestão do ataque aos incêndios florestais ocorridos em Sintra e em Mação, considerando que houve «descoordenação» entre os vários agentes no terreno.

Fernando Curto disse que «a aplicação da legislação que prevê a criação de comandos municipais articulados com os comandos distritais [de operações de socorro] melhora a coordenação do trabalho dos bombeiros».

A situação profissional esteve também em discussão na reunião de hoje, tendo a ANBP voltado a propor uma carreira única para todos os bombeiros profissionais.

Além disso, a ANBP contesta o modelo de aposentação que prevê os mesmos critérios de avaliação para os bombeiros e para outras profissões, quando estas não estão sujeitas «ao mesmo risco nem ao mesmo desgaste rápido».

Ainda segundo os bombeiros profissionais, os cargos de comando devem ser ocupados por bombeiros e não por militares, uma transição que deve ser concretizada «num curto espaço de tempo».
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