O líder do CDS-PP, Paulo Portas, defendeu esta terça-feira que o Governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, devia demitir-se do cargo, afirmando que seria uma medida de «regeneração do sistema» após «ter falhado» duas vezes num ano, avança a agência «Lusa».
«Nada nos garante que (o Governador do Banco de Portugal) não volte a falhar porque não reconhece os seus erros, não faz supervisão e do nosso ponto de vista devia sair do seu cargo. A nosso ver é uma medida de regeneração do sistema cuja credibilidade está a ser afectada», defendeu Paulo Portas, em conferência de imprensa.
Exame de consciência precisa-se
Após o anúncio da nacionalização do BPN no domingo, o CDS-PP disse que iria requerer a presença de Vítor Constâncio no Parlamento para mais esclarecimentos sobre a forma como o Banco de Portugal actuou, enquanto supervisor, no caso do Banco Português de Negócios.
Paulo Portas disse, esta terça-feira, que continua a querer ouvir as eventuais explicações de Vítor Constâncio no Parlamento mas acrescentou que desde já «fica claro» a posição do CDS de que «o Governador do Banco de Portugal já devia ter feito um exame de consciência».
«O Banco de Portugal deve ter uma actividade inspectiva preventiva e não meramente reactiva. Deve poupar o País ao agravamento de práticas inaceitáveis. Não foi isso que sucedeu no BPN e já não tinha acontecido com o BCP», afirmou Paulo Portas.
O líder do CDS-PP criticou «o silêncio geral do bloco central» sobre o assunto e disse que uma economia de mercado precisa de «um regulador que seja actuante e corajoso em vez de aceitar o princípio do Dr. Vítor Constâncio de que só intervém quando tem "administrações colaborantes"».
Portas diz que Constâncio se devia demitir do Banco de Portugal
- Redação
- RPV
- 4 nov 2008, 16:02
Líder do CDS-PP diz que Governador falhou duas vezes num ano
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