Nome de «administrador-mistério» revelado - TVI

Nome de «administrador-mistério» revelado

«Segredo profissional» impede Constâncio de nomear membro da administração do BPN. Mas o nome de Abdool Vakil já circula na comissão parlamentar

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Vítor Constâncio está esta segunda-feira à tarde na comissão de inquérito ao processo que levou à nacionalização do BPN para continuar a ser ouvido pelos deputados, depois de na semana passada a sessão ter sido interrompida ao fim de 6 horas.

Coube ao deputado do PCP abrir as hostilidades, questionando o governador do Banco de Portugal sobre o membro da administração do BPN ser também membro não executivo de um banco do Bahrain.

Vítor Constâncio invocou o «segredo profissional» para não revelar o nome. Mas Honório Novo avisou que o ia fazer ainda durante esta comissão parlamentar. Não foi precisar esperar mais do que alguns minutos para João Semedo, deputado do Bloco de Esquerda, dizer que é «público», «está na Internet», e «toda a gente sabe» que o administrador-mistério é Abdool Vakil.

O governador do Banco de Portugal replicou que não obteve a sua informação «via Internet» e que portanto tem obrigação de manter sigilo profissional sobre a matéria.

Na abertura desta comissão de inquérito, o deputado do PCP explanou a questão envolvendo Abdool Vakil, apontando a «garantia bancária apresentada por El Assir, passada pelo Taib Bank do Bahrain, no valor de 1,5 milhões de euros, para o BPN integrar como crédito em situação normal a ausência de pagamento do serviço de dívida de um financiamento de 26 milhões de euros concedido pelo BPN a três off-shores» (Miraflores, Gransotto e La Granjilla, cujo destinatário final é precisamente El Assir).

«Tal garantia não estaria alegadamente relacionada com o facto de um membro da administração do BPN ser também membro não executivo do Bahrain», disse ainda Honório Novo, lançando um repto ao governador: «O Dr. Vítor Constâncio ficou de se informar e de informar a comissão quem seria esse administrador, em que condições poderia desempenhar funções e que informações obteve o Banco de Portugal sobre o papel efectivamente desempenhado na concessão da garantia».
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