Crime organizado ataca bancos - TVI

Crime organizado ataca bancos

  • Portugal Diário
  • 30 ago 2006, 14:07

Facção criminosa brasileira volta a assaltar esquadras e carros policiais

Membros de uma facção criminosa brasileira voltaram a atacar na madrugada de esta quarta-feira esquadras, viaturas policiais e agências bancárias no Estado de São Paulo, mas sem fazer vítimas mortais, divulgaram fontes oficiais. A notícia é avançada pela Agência Lusa.

Na capital São Paulo, o alvo dos ataques foram duas agências bancárias, enquanto que em cidades do interior do Estado os criminosos atacaram esquadras e viaturas da polícia.

A nova onda de ataques foi iniciada depois de 76 detidos ligados à facção Primeiro Comando da Capital (PCC) terem sido transferidos, terça-feira, para uma prisão com celas individuais para evitar a comunicação entre eles.

A nova onda de ataques ocorre pouco mais de duas semanas após o rapto de um repórter da rede Globo de Televisão pelo PCC, que exigiu a exibição de um vídeo pela emissora para libertar o jornalista.

No vídeo, exibido pela emissora, um homem não identificado criticava as condições dos detidos dos presídios do Estado de São Paulo e solicitava que as autoridades fizessem um amplo processo judicial para revisão das penas.

Existem actualmente 144 prisões em todo o Estado de São Paulo, com 124.

446 detidos, número que é muito superior à capacidade total dessas unidades pris ionais, que é de 95.645 detidos, o que torna precária a condição vivida na maior ia desses estabelecimentos.

Desde Maio deste ano, elementos do PCC aterrorizam o Estado de São Paul o com ataques a prédios públicos, privados, agências bancárias, viaturas e esqua dras policiais, postos de gasolina e autocarros.

Líderes do PCC controlam dezenas de presídios de São Paulo, além de com andarem acções armadas fora das prisões, através de telemóveis, que entram clandestinamente nos estabelecimentos prisionais.

A mais recente série de atentados foi registada entre os dias 7 e 10 de Agosto, com mais de 167 ataques, de que resultaram seis vítimas mortais, cinco feridos, 33 suspeitos detidos, 40 autocarros e 12 postos de gasolina incendiados.

Os ataques, registados em mais de 20 cidades do interior do Estado de São Paulo e também na capital, atingiram dezenas de agências bancárias, viaturas e esquadras de polícia.

Na primeira onda de ataques, entre 12 e 19 de Maio, as acções do PCC tiveram como alvo sobretudo agentes da polícia, esquadras, viaturas e elementos do Corpo de Bombeiros.

Mais de 170 pessoas morreram nessa altura.

Na segunda onda de violência, entre 12 e 15 de Julho, foram registados 174 ataques contra alvos civis, como edifícios públicos e casas particulares, ag ências bancárias, lojas e autocarros.

Os ataques de Julho causaram dez vítimas mortais, entre as quais, três polícias, três vigilantes particulares, um civil e três suspeitos, além de 58 de tidos e 10 feridos.
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