Myanmar: Junta «encontrou» armas nos templos - TVI

Myanmar: Junta «encontrou» armas nos templos

  • Portugal Diário
  • 7 out 2007, 15:43

Líderes militares aumentaram a pressão sobre os monges budistas

Os líderes militares da Birmânia aumentaram este domingo a pressão sobre os monges budistas que lideraram as manifestações pró-democracia afirmando terem confiscado armas nos templos budistas e ameaçando punir todos os que violem a lei, refere a Lusa.

O governo anunciou igualmente dezenas de novas detenções ameaçando os transgressores com novas sanções.

A segurança abrandou na cidade de Rangun mais de uma semana depois de soldados e polícias terem aberto fogo sobre demonstrações pacíficas que reclamam o fim de 45 anos de ditadura militar.

O governo anunciou que pelo menos 10 pessoas foram mortas em Setembro nas repressões enquanto fontes independentes referem que cerca de 1.000 pessoas continuam detidas.

Estes números incluem pelo menos 135 monges budistas, de acordo com a Nova Luz de Myanmar, disse um porta-voz da junta, acrescentando que vários assaltos a templos budistas detectaram armas, facas e munições, embora ainda não seja claro a quem pertencem.

«Os monges devem manter-se dentro da lei de Deus e do governo», acrescentaram, sublinhando que se violarem a lei as suas acções podem voltar-se contra eles.

Acrescentaram que 78 outras pessoas suspeitas de terem participado em manifestações estão a ser interrogadas.

Dezenas de milhar de pessoas participaram nos últimos protestos, os maiores das últimas duas décadas contra a junta militar.

A Malásia exigiu hoje que a junta militar no poder na Birmânia inicie urgentemente negociações sem quaisquer condições com a líder da oposição Aung San Suu Kyi, que permanece em prisão domiciliária.

O partido de Aung San Suu Kyi venceu as eleições de 1990, mas os generais no poder recusaram-se a aceitar os resultados eleitorais.
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