CGD explica financiamento a accionistas do BCP - TVI

CGD explica financiamento a accionistas do BCP

CGD financiou compra de acções a apoiantes de Santos Ferreira

Factos ocorreram quando nada fazia prever actual desfecho no banco privado

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A Caixa Geral de Depósitos não quer o seu nome associado à disputa pelo poder no BCP e, por isso mesmo, reagiu já à notícia do «Público» segundo a qual Joe Berardo e seus aliados, accionistas do banco privado, teriam comprado acções do mesmo com recurso a créditos contraídos junto do banco público.

«No seguimento das notícias de hoje, referindo que muitos dos actuais accionistas do BCP foram financiados com créditos da Caixa», a instituição financeira esclarece que «as operações de crédito a empresas são da responsabilidade do Conselho Alargado de Crédito da CGD, não são concessões pessoais de nenhum membro do Conselho de Administração». E acrescenta ser «falso» que Armando Vara «alguma vez tenha tido o pelouro do crédito bancário relativo ao tipo de empréstimos a que se refere a notícia».

Embora lembrando que «está impedida por lei (Sigilo Bancário) de prestar qualquer informação pública sobre os seus clientes e seus respectivos créditos», a CGD acusa a notícia em causa de a associar à disputa em curso no BCP para a eleição dos órgãos sociais.

O banco diz que os factos em questão «reportam-se a um tempo em que nada fazia prever o rumo da história desta instituição pelo que não se pode construir um nexo de causalidade entre as situações referidas».

Recorde-se que, segundo a notícia do «Público», alguns accionistas do BCP que apoiam a candidatura do ex-presidente da Caixa Geral de Depósitos, Carlos Santos Ferreira, têm vindo a reforçar o seu investimento em acções daquela instituição privada com crédito concedido pelo próprio banco do Estado.

O mesmo jornal refere que Joe Berardo, a família Moniz da Maia (Sogema), Manuel Fino, Pedro Teixeira Duarte e José Goes Ferreira receberam crédito da CGD para comprarem acções do BCP, o que lhes tem permitido ter uma palavra a dizer nos destinos do maior banco português.

Em causa estão operações de financiamento que, só no primeiro semestre de 2007, totalizaram mais de 500 milhões de euros, e serviram para adquirir o equivalente a cerca de cinco por cento do capital do BCP por um total de 22 accionistas, mediante recurso a financiamento da CGD.
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