Portugueses ricos lideram investimentos de risco

Esta é a conclusão de um estudo divulgado pelo Barclays Wealth.

«Estudamos, no fundo, a personalidade financeira, ou seja, traçamos de forma muito científica o seu perfil face ao risco e à forma como estão no mercado», disse a agência «Lusa» Kevinn Lecocp, um dos responsáveis máximos do Barclays Wealth.

O estudo sobre Risco, Retorno e Recompensa realizado em 11 países da Europa e ainda Estados Unidos e África do Sul, demonstrou que 45% dos portugueses considerados ricos estão dispostos a colocar o seu dinheiro em investimentos de alto risco em troca de um grande retorno.

Atrás de Portugal ficaram os Estados Unidos, o Reino Unido, Hong Kong e a Suíça e só os sul-africanos, nalguns aspectos, revelam maior maior apetência por investimentos de alto risco.

Mais de metade da elite financeira portuguesa inquirida revela que «a apetência para o risco foi um factor importante na conquista da fortuna que agora possuem» e demonstraram ter o mesmo sentimento em relação a investimentos pessoais.

«Globalmente, 60% daqueles cujos bens valem mais de 800 mil euros afirmam que a apetência para o risco tem tido uma grande influência na criação da riqueza, comparando com os 36% dos que possuem menos de 800mil euros», declarou Kevin Lecocq, Chief Investment do Barclays Wealth fazendo a ligação entre o risco e a capacidade de gerar riqueza.

À semelhança de Portugal, também em Espanha 77% dos empresários aplicaram o seu dinheiro em acções e têm a intenção de continuar a investir no mercado.

Dos inquiridos, 80% admitiu que há maiores probabilidades de se enriquecer quando se provem de uma família rica do que quando se tem «origens mais modestas».

O estudo, realizado pela primeira vez, permitirá «desenhar fatos à medida, ou seja, produtos de investimento específicos», diz Lecocoq, para estes investidores, com base em elementos muito precisos do seu perfil.