Números do desemprego são «lição» para Sócrates - TVI

Números do desemprego são «lição» para Sócrates

Paulo Portas no 23º Congresso do CDS-PP (JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA)

CDS-PP considera que é preciso «dirigir toda a política económica para quem cria postos de trabalho, as micro, pequenas e médias empresas»

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O líder do CDS-PP considerou esta segunda-feira que os números divulgados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional, segundo os quais em Janeiro se inscreveram nos centros de emprego 70.334 trabalhadores desempregados, são «uma lição» para José Sócrates.

Em declarações aos jornalistas durante uma visita a um lar de idosos em Caneças, no concelho de Odivelas, Paulo Portas defendeu ainda a aplicação de medidas de apoio aos jovens desempregados, aos trabalhadores com mais de 55 anos e aos casais desempregados.

70 mil inscritos só em Janeiro

Governo já tinha previsto «agravamento»

«Estes números do desemprego são uma lição, infelizmente, para o discurso do primeiro-ministro. Não vale a pena querer enganar-se a si próprio ou querer enganar os outros, a realidade é muito difícil, estamos numa altura de criação escassa de postos de trabalho e é preciso dirigir toda a política económica para quem em Portugal efectivamente cria postos de trabalho (...) as micro, pequenas e médias empresas».

«Eu indignei-me quando ouvi o primeiro-ministro dizer que os números do desemprego eram animadores, o país não precisa de pessimismo militante mas também não precisa de optimismo artificial, porque a realidade é difícil e do ponto de vista do emprego é evidente que a evolução dos números é negativa».

Aumento de Janeiro antecipa taxa acima dos 8%

Portas acusou ainda o primeiro-ministro, José Sócrates, de «se recusar a encarar a realidade social do desemprego como ela tem de ser encarada em tempos excepcionais». «O fenómeno do desemprego atingiu qualquer coisa como 2.300 portugueses por dia, só neste mês de Janeiro. Isto prova que as medidas de apoio à economia real, ou seja às PME`s, que são geradoras de emprego, e por outro lado as medidas de protecção social, tomadas pelo Governo até agora, são insuficientes».

«Nós defendemos uma política social muito mais corajosa e com muito mais audácia, pelo menos em relação a estas três situações: jovens à procura de emprego, trabalhadores que caíram no desemprego com mais 55 anos, casais com ambos os elementos na situação de desemprego. A isto chamo audácia e não querer perceber isto é uma prova de ou incapacidade de perceber a sociedade ou de insensibilidade social».
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