Portas «foge» a debates - TVI

Portas «foge» a debates

  • Portugal Diário
  • 6 abr 2007, 17:16

Pedro Melo diz que condicionantes de ex-líder são argumentos para fugir

O membro da comissão política do CDS-PP Pedro Melo considerou hoje que as «condicionantes» impostas por Paulo Portas para os frente-a-frente com Ribeiro e Castro durante a campanha para as directas são, «claramente, argumentos para fugir aos debates», noticia a Lusa.

«Se os recursos são condicionantes, se isso é condição, então, claramente, é um argumento para fugir aos debates», disse à Lusa Pedro Melo, numa reacção às «condicionantes» impostas na quinta-feira por Telmo Correia para que Paulo Portas aceite debates com o seu adversário nas directas para presidente do CDS-PP.

Em declarações à agência Lusa na quinta-feira, Telmo Correia disse que Paulo Portas está disponível para aceitar debates com Ribeiro e Castro, mas coloca duas condicionantes. Em primeiro lugar, não deverá haver um «número excessivo» de frente-a-frente, devendo ser dada prioridade aos contactos com os militantes.

Por outro lado, Paulo Portas só aceitará debates se não derem entrada recursos para o Tribunal Constitucional sobre a decisão do Conselho de Jurisdição do partido de dar prevalência à decisão do Conselho Nacional de viabilizar as directas.

Confrontado com estas duas «condicionantes», Pedro Melo lembrou que foi Ribeiro e Castro o primeiro a lançar o repto para os debates, logo no dia seguinte ao anúncio da recandidatura de Paulo Portas à liderança dos democratas-cristãos.

«Depois disso, o Dr. Ribeiro e Castro chegou a aceitar formalmente o convite da RTP para um debate no dia 11, fê-lo prontamente. O Dr. Paulo Portas é que andou a fugir 15 dias da questão e agora diz que aceita o frente-a-frente, mas só para dia 18. Parece-me que o Dr. Paulo Portas é que está a pôr grão na engrenagem», afirmou Pedro Melo.

Relativamente à questão dos recursos, Pedro Melo salientou que «está completamente fora do alcance da direcção condicionar um exercício legítimo dos militantes». Aliás, para Pedro Melo, «é normal» que os militantes coloquem a hipótese de recorrer para o Tribunal Constitucional se têm dúvidas sobre a legalidade de algumas decisões.
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