PJ preocupada com insegurança na noite do Porto

A Polícia Judiciária está preocupada com a actual situação de insegurança na noite portuense, que se traduziu em quatro mortes nos últimos dois meses, atribuindo a origem do problema ao «convívio difícil» entre grupos de seguranças privados.

«Esta situação suscita-nos preocupação, é um fenómeno que provoca inquietação bastante por apresentar uma vertente de elevada gravidade», afirmou à Lusa, Vítor Guimarães, director nacional adjunto da PJ.

O principal responsável da PJ no Porto admitiu que o problema pode ter origem no «convívio difícil» entre grupos de elementos que asseguram a segurança em estabelecimentos de diversão nocturna.

«Temos noção de que há um convívio difícil entre vários grupos de seguranças, à custa de tensões próprias do mundo da noite», salientou Vítor Guimarães.

Relativamente ao mais recente caso ocorrido na noite portuense, que culminou com a morte do empresário Aurélio Palha, o responsável da PJ/Porto não quis adiantar pormenores, alegando que o caso está ainda a ser investigado.

Quanto às motivações deste crime, Vítor Guimarães frisou que «ainda não é líquido» que esteja relacionado com as guerras no mundo da noite, mas não afastou essa possibilidade.

Os incidentes mais graves na noite portuense começaram no início deste ano, mas acentuaram-se nos últimos dois meses, com a morte de quatro pessoas, além de vários feridos.