Robôs à solta no átrio da Universidade

Um carrinho de compras robotizado, que segue o cliente na loja, e um mini-veículo distribuindo correio pelos gabinetes de um escritório são dois dos robôs esta quarta-feira apresentados em Guimarães pelos alunos de Electrónica Industrial da Universidade do Minho, noticia a agência Lusa.

O átrio da instituição encheu-se com as nove equipas do terceiro ano do curso empenhados em movimentar os engenhos robotizadas criados no primeiro semestre, sob a orientação do docente Fernando Ribeiro.

O grupo de robôs incluía ainda um carro/rali, que se desloca respeitando a via, os semáforos e sabe entrar em túneis, e também robôs vigilantes que avisam contra intrusos, transportadores de botijas de gás, úteis, por exemplo, para ajudar pessoas idosas.

Outras equipas montaram cortadores inteligentes de relva, maquinetas que se movem ultrapassando obstáculos como os carros lunares, outras que recolhem objectos, ou ainda jogadores de futebol que só pensam na baliza, como os grandes pontas-de-lança.

«Queremos que no final da licenciatura os alunos sejam capazes de criar soluções robóticas e sejam capazes de as comercializarem», disse à Lusa o coordenador da licenciatura Fernando Ribeiro.

O docente, que é um dos impulsionadores da robótica na Universidade, e no país, adiantou que a construção dos robôs se insere no método de ensino de Bolonha, introduzido no corrente ano lectivo.

Os engenhos, que funcionam de forma autónoma, embora possam ser conduzidos através de um computador portátil, foram construídos com recurso a materiais reciclados, como baterias de telemóvel, pneus, peças electrónicas e sucata.

«Há aqui robôs que, quando desenvolvidos em protótipos, podem vir a ser usados na vida diária», sublinhou Fernando Ribeiro.

Para além da reciclagem dos materiais, toda a parte electrónica, mecânica e programação dos robôs - acrescentou - «foi feita pelos discentes, sob orientação de alguns docentes dos grupos disciplinares de automação e robótica do mesmo departamento».

A demonstração robótica trouxe ao átrio de entrada do edifício do pólo de Guimarães - onde predominam as licenciaturas das engenharias e da arquitectura - vários curiosos, entre alunos da instituição e vimaranenses interessados em contactar com a realidade universitária.