Carrilho justifica falta na Câmara de Lisboa - TVI

Carrilho justifica falta na Câmara de Lisboa

  • Portugal Diário
  • 20 abr 2006, 14:04

Ausência de vereador vedou acesso aos quadros a 1.600 trabalhadores

Manuel Maria Carrilho já reagiu à manchete do jornal Público num comunicado enviado às redacções. Na missiva acusa o jornal de «intencionalidade na notícia» e de «ignorar um facto político da maior importância e significado políticos, que foi a cisão da coligação PSD/CDS a propósito da votação de uma proposta do PCP».

A ausência de Carrilho numa reunião na Câmara de Lisboa vedou acesso aos quadros da autarquia a cerca de 1.600 trabalhadores a «recibo verde» ou com contrato a prazo, noticiou esta quinta-feira o Público.

O vereador socialista confirma que não terá estado presente no momento da referida votação mas explica que perante «a impossibilidade humana de estar ao mesmo tempo em vários locais, a sua opção orienta-se pelas maiores responsabilidades que tem, e que são, na Assembleia da República e não na CML, onde é simplesmente vereador sem pelouro, nem salário».

No mesmo comunicado, Maria Carrilho diz que «dia 19, tinha às 9:30 reunião de Vereadores da CML, que a seguir, às 11:30, tinha reunião da Comissão de Assuntos Europeus, na Assembleia da República» à qual «seguia a reunião do Plenário, que terminou cerca das 18,30, e finalmente um debate sobre «os partidos políticos com o Prof. Farelo Lopes, promovido pelo Grupo Parlamentar do PS e coordenado» por si e que terminou cerca das 23:30.

O deputado/vereador acusa ainda o jornal diário de «mentir ao afirmar que o procuraram contactar» e que isso nunca aconteceu.

De acordo com o Público, Manuel Maria Carrilho (PS) não esteve presente quarta-feira numa reunião da vereação da Câmara Municipal de Lisboa (CML) o que levou ao «chumbo» de uma proposta do PCP que iria permitir o acesso aos quadros camarários a cerca de 1.600 trabalhadores.

A proposta, refere o Público, visava aumentar os quadros da CML, permitindo depois aos trabalhadores a prazo a possibilidade de se tornarem efectivos, por concurso público.

A «presença de Carrilho teria sido decisiva para viabilizar a proposta porque, se isso tivesse acontecido, o número de vereadores votantes a favor teria sido superior aos que estavam contra (nove a favor e oito contra)», sublinha o jornal.

Segundo o Público, os nove a favor seriam do PS (cinco), os do PCP (dois), o do Bloco de Esquerda (um) e a eleita do CDS/PP, Maria José Nogueira Pinto, que, desta vez, votou desalinhada em relação à aliança que integra com o PSD. Os oito votos contra foram os do PSD, indica o jornal.

Manuel Maria Carrilho participou em duas votações e depois saiu, faltando à votação da proposta, que tinha sido ligeiramente antecipada em relação ao que estava previsto na ordem dos trabalhos para permitir que nela participasse a vereadora do PSD com o pelouro do Pessoal, Marina Ferreira.

Na ausência de Carrilho - que o Público tentou sem sucesso contactar - a votação acabou num empate (8-8). O presidente da CML, Carmona Rodrigues exerceu o seu direito de voto de qualidade, votando contra a proposta.
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