Governo, patrões e sindicatos estão reunidos em sede de concertação social para discutirem o valor exacto do salário mínimo nacional para 2010.
A proposta do Governo é de 475 euros. Os sindicatos aplaudem mas os patrões contestam. Argumentam que em tempo de crise o aumento não pode ser superior a 460 euros.
Por isso, o Executivo colocou em cima da mesa mais duas medidas que podem aliciar o patronato. Uma delas passa por estender o Programa Qualificação-Emprego também ao sector do comércio. O programa já havia sido alargado aos sectores do têxtil e vestuário, do turismo e do fabrico de mobiliário. O custo estimado destas medidas aumenta de 50 para 80 milhões de euros, passando a abranger um total de 30 mil trabalhadores, contra os anteriores 20 mil.
Em causa está também uma linha de crédito para o sector da agricultura de 50 milhões de euros, avança a TVI24.
À entrada, os patrões pediram mais medidas para que as empresas possam suportar o dito aumento mas o representante do sector do Turismo disse que «não há nenhuma [medida] que consiga compensar aumentos». Prevê-se, por isso, que o braço-de-ferro seja duro e longo.
De acordo com números do ministério do Trabalho, em 2010, cerca de 500 mil portugueses poderão receber o salário mínimo nacional.
Recorde-se que o salário mínimo foi criado em 1974. Foi fixado pela primeira vez em 3 mil e 300 escudos. Se tivesse sido actualizado ao ritmo da inflação, nas últimas três décadas e meia, estaria nos 562 euros, mais 87 euros do que o Governo pretende para 2010.
Salário mínimo: Governo alicia patrões com novas medidas
- Redação
- CPS
- 17 dez 2009, 16:45
Executivo usa «armas» para convencer patrões. Turismo diz que medidas não compensam
Continue a ler esta notícia