Comissão Europeia quer bancos transparentes na concessão de créditos - TVI

Comissão Europeia quer bancos transparentes na concessão de créditos

  • Rui Pedro Vieira
  • 4 mai 2007, 15:49
Cheque

A comissária europeia dos Direitos dos Consumidores, Meglena Kuneva, referiu, esta sexta-feira, que as grandes preocupações em matéria de protecção dos cidadãos europeus estão no sobreendividamento bancário e «na falta de transparência e de legislação nesta matéria».

Relacionados
Em conferência de imprensa no Ministério da Economia para discutir prioridades sobre a presidência portuguesa da Comissão Europeia (CE), Meglena Kuneva sublinhou «que os esforços que têm sido feitos por instituições como a Deco para convencer os bancos a darem mais informação e pedidos de simulação de crédito são de louvar».

«Não vamos substituir a decisão dos consumidores de pedirem ou não um crédito, dado que essa decisão é sempre dele. A informação sobre os mesmos é que tem de ser melhorada», acrescentou a responsável.

De acordo com dados divulgados pela comissária, 37 por cento dos europeus encontram-se em situação de sobreendividamento.

«Se o Governo europeu for rápido, será possível termos as directivas de regulação sobre esta questão bancária aprovada nos próximos meses», adiantou Meglena Kuneva, acrescentando que o pretendido «é uma mesma aplicação em todo o lado sobre esta matéria». Para a comissária dos Direitos dos Consumidores, o esforço vai também no sentido de impossibilitar brechas na legislação que as instituições de crédito possam aproveitar para prejudicar os cidadãos.

Comissária elogia acção da Deco

Reunida esta manhã com a Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO), Meglena Kuneva elogiou a associação e disse haver, em Portugal, «um bom nível de aproximação entre os cidadãos e as associações de direitos dos consumidores», acima de outros países da União Europeia.

Sobre a presidência portuguesa da CE no segundo semestre deste ano, a comissária mostrou confiança: «Se cumprirmos os objectivos da Estratégia de Lisboa que estão previstos, vamos ter mais segurança e protecção, melhor ambiente e mais emprego», explicou.
Continue a ler esta notícia

Relacionados