José Sócrates rejeita baixar impostos

José Sócrates defendeu esta segunda-feira que um dos seus principais trunfos para ultrapassar a actual crise orçamental é aumentar o investimento público e ajudar as empresas e as famílias carenciadas. Para tal, o governante recusa baixar a carga fiscal, revelando que seria mesmo uma «grave imprudência».

«Se o Governo pudesse, baixaria os impostos como forma de incentivar o dinamismo económico. Mas a verdade é que na fase em que estamos, com a redução das receitas fiscais que temos, seria uma grave imprudência baixar os impostos», disse José Sócrates na conferência «Transformar Portugal», uma iniciativa do Diário Económico.

Para José Sócrates, «a redução dos impostos não garante que esse dinheiro seja aplicado no apoio às empresas e na dinamização do país», aspecto fundamental para o governante.

O restante pode esperar. De facto, «só depois da crise é que se pode estabilizar as contas públicas», acredita o primeiro-ministro que defendeu que só quando alcançarmos «o crescimento económico conseguiremos atingir o défice exigido pela União Europeia».

Até lá, José Sócrates desvaloriza os números e afirma que a sua meta é «manter o défice na linha dos défices dos países europeus e do mundo».