Cavaco quer mais eficácia na luta contra corrupção - TVI

Cavaco quer mais eficácia na luta contra corrupção

  • Portugal Diário
  • 5 out 2007, 17:11

PR pede aos deputados quue «aprofundem esforço» para concretizar iniciativas legislativas

O Presidente da República pediu esta sexta-feira aos deputados que «aprofundem o esforço» para concretizar as iniciativas legislativas para aumentar a eficácia na luta contra a corrupção, retomando um apelo que fez há um ano.

«Apelo a que os senhores deputados aprofundem o esforço já empreendido para concretizar, no plano legislativo, o ideal republicano de uma maior transparência da vida pública», disse o Presidente da República, na intervenção nas comemorações do 97 anos da proclamação da República.

Num discurso de cinco páginas, Cavaco Silva fez um parêntesis de dois parágrafos no tema central da intervenção - a Educação - para retomar o apelo que fez no ano passado para o empenho na luta contra a corrupção.

«No combate por uma democracia de melhor qualidade devem ser convocados todos os portugueses, mas esta é uma tarefa que compete, em primeira linha, aos titulares de cargos públicos», defendeu Cavaco Silva há um ano.

Hoje, o Presidente da República registou o facto de na Assembleia da República terem sido apresentadas «múltiplas iniciativas legislativas» para aumentar a eficácia da luta contra a corrupção.

Contudo, acrescentou, é necessário que os deputados «aprofundem o esforço já empreendido» para concretizar «o ideal republicano de uma maior transparência na vida pública».

Este apelo de Cavaco Silva surge um dia depois de o ex-deputado João Cravinho, que apresentou vários projectos de combate à corrupção antes de deixar o Parlamento, alguns, entretanto, abandonados pela bancada socialista, ter deixado duras críticas à forma como o PS lidou com a questão.

Em entrevista à revista Visão, quando questionado sobre o que sobrará das suas propostas, João Cravinho confessou-se

«Foi um dos maiores choques da minha vida ver que aquela matéria causava um profundo mau-estar, era como um corpo estranho no corpo ético do PS. Apesar de algumas dificuldades que antevia, não contava com uma atitude de absoluta incompreensão para a natureza real do fenómeno da corrupção», diz o ex-deputado socialista na entrevista.
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