e-Toupeira:  PJ "apanhou" Paulo Gonçalves com José Silva na Luz - TVI

e-Toupeira: PJ "apanhou" Paulo Gonçalves com José Silva na Luz

Vigilâncias e escutas da Polícia Judiciária confirmaram ligação entre os dois arguidos. Além dos acessos de José Silva, foram descobertos outros noutras zonas do país, o que pode indiciar que havia mais "toupeiras" do Benfica

Os dois principais arguidos do processo e-Toupeira foram vistos juntos duas vezes, no Estádio da Luz, já depois do inquérito ao caso dos emails ter sido aberto.

As duas vigilâncias da Polícia Judiciária detetaram o funcionário do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça José Silva e os seus familiares, na zona VIP do Estádio da Luz, em dias de jogo, com o assessor jurídico do Benfica.

Há ainda várias escutas entre os dois que sugerem a marcação de encontros.

Outro dos dados da investigação que a TVI conseguiu apurar pode indiciar que, além de José Silva, haveria mais "toupeiras" a tentar "sacar" informações dos processos relacionados com o clube.

É que, além dos mais de 500 acessos relacionados com José Silva, foram detetados outros, de várias zonas do país.

Quanto ao esquema alegadamente usado por José Silva, a TVI sabe que este entrava nos computadores com a password de um primo, ex-funcionário judicial que já está reformado. A partir daí, utilizava as credenciais de Ana Paula Vitorino, procuradora e assessora de Maria José Morgado, para ter acesso a estes processos relacionados com o Benfica.

Esta quinta-feira, a PGR esclareceu que Ana Paula Vitorino não está a ser investigada e que as suas credenciais tinham sido roubadas.

Recorde-se que José Silva se encontra em prisão preventiva. Paulo Gonçalves também foi detido, mas saiu em liberdade, com proibição de contactar os outros arguidos.

Entretanto, o Benfica quer provar que a operação e-Toupeira foi alvo de violação do segredo de justiça antes de ser oficialmente divulgada pela Procuradoria-Geral da República.

Fonte do Benfica garante à TVI que está a ser preparado um dossiê com documentos para entregar ao Ministério Público, que alegadamente demonstram que pormenores da investigação já eram conhecidos e foram revelados na internet há um mês.

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