Putin anula 96% da dívida contraída pelo Uzbequistão à Rússia - TVI

Putin anula 96% da dívida contraída pelo Uzbequistão à Rússia

Vladimir Putin [Foto: Reuters]

País tenta reforçar os laços com a ex-república soviética da Ásia Central que pretende incluir no seu projeto de união económica euroasiático

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O Presidente russo Vladimir Putin anulou esta quarta-feira a maior parte da dívida do Uzbequistão, num momento em que a Rússia tenta reforçar os laços com esta ex-república soviética da Ásia Central que pretende incluir no seu projeto de união económica euroasiático.

O montante da dívida eliminada ascendia a 696 milhões de euros, mais de 97% da dívida contraída pelo Uzbequistão junto da Rússia, indicaram as agências noticiosas russas.

Este «acordo (...) vai permitir aprofundar os nossos laços económicos», sublinhou Putin após um encontro em Tachkent com o seu homólogo uzbeque Islam Karimov, citado pela Lusa.

Durante a visita, o Presidente também assinou um acordo relacionado com o início de consultas entre as duas capitais sobre a criação de uma zona de livre comércio entre o Uzbequistão e a União económica euroasiática, fomentada pela Rússia.

Esta União, que inclui a Bielorrússia, Cazaquistão e Arménia, deve ser anunciada em 1 de janeiro de 2015. O objetivo consiste em favorecer uma integração mais estreita dos seus Estados-membros, e quando Moscovo permanece sujeita às sanções ocidentais motivadas pela crise na Ucrânia.

Até ao momento, Tachkent tinha manifestado reservas face à sua eventual integração na União impulsionada por Moscovo, devido aos receios de perda de independência política face ao seu grande vizinho.

Nesta perspetiva, Karimov sugeriu hoje que a Rússia continue a apoiar a Comunidade dos Estados independentes (CEI), em alternativa à formação de novos blocos políticos.

No entanto, recordou que o Uzbequistão «sempre esteve aberto à Rússia» e apelou ao «reforço do desenvolvimento das relações russo-uzbeques».

Karimov também exprimiu a sua inquietação face à evolução da situação no vizinho Afeganistão, e quando a NATO se prepara para retirar o grosso das suas tropas até ao final de 2014.

 
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