A CP contabilizou 12 milhões de euros em multas por cobrar nos últimos três anos, segundo a estimativa do presidente do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), Luís Bravo.
Os revisores da CP passam imensas multas no combate à fraude e nos últimos três anos não têm sido cobradas”
À margem de uma manifestação em Lisboa, Luís Bravo referiu à Lusa que existe um défice de trabalhadores da CP e de material circulante. Foi isso que motivou a concentração de cerca de 20 dirigentes e associados do SFRCI, hoje, junto ao Ministério do Planeamento e Infraestruturas.
Pretendemos alertar o Governo para o grande défice de trabalhadores que existe na CP, nomeadamente revisores, funcionários de bilheteiras e as suas chefias diretas. Há também um défice no material circulante, por falta de comboios, sobretudo, nas linhas do Oeste, Algarve e Vouga".
Luís Bravo acrescentou que os funcionários da CP trabalham nos dias de descanso e até ao momento o Governo não deu resposta aos pedidos de recrutamento.
“Não há qualquer resposta aos pedidos de recrutamento, qualquer decisão tomada agora só terá efeitos em 2018”, porque o processo de recrutamento e formação demora “entre seis a sete meses”.
Podem os trabalhadores avançar com novas formas de luta? Se não houver "decisões" por parte do Governo, vem aí uma “greve ao trabalho extraordinário”.“É inadmissível que se continue a exigir aos funcionários que trabalhem 28 a 30 dias por mês”.