Nem BCP nem Santander apresentaram propostas pelo Novo Banco. Estavam na corrida, mas desistiram. Entretanto, o Banco de Portugal divulgou um comunicado dando conta de que houve quatro entidades a formalizar interesse em comprar a instituição, mas não detalha quais.
"O Banco de Portugal recebeu quatro propostas de aquisição, cuja análise agora se inicia à luz dos critérios de admissibilidade e seleção estabelecidos no caderno de encargos, divulgado no passado mês de abril".
Embora não especifique quem está na corrida, já tinha sido noticiado que havia seis entidades interessadas: as duas já mencionadas, que desistiram, mais o BPI e os fundos norte-americanos Apollo, Centerbridge e Lone Star.
Se foram apresentadas quatro propostas, ao que tudo indica essas quatro entidades então sempre avançaram.
A TVI apurou que o BCP, embora tenha desistido deste processo, entregou uma carta ao Banco de Portugal disponibilizando-se para olhar de novo para o dossiê Novo Banco, se esta tentativa de venda não seja bem sucedida.
Há dois dias, o presidente do BCP, Nuno Amado, disse que o prazo da corrida era "curto", sobretudo depois da vitória do Brexit no referendo britânico.
Retomando o comunicado do Banco de Portugal, o supervisor da banca não indica prazos para que a operação fique concluída. "Posteriormente, será tomada uma decisão sobre qual das vias – Procedimento de Venda Estratégica ou Procedimento de Venda em Mercado – será seguida para concluir o processo de alienação da participação detida pelo Fundo de Resolução no Novo Banco".
Seja como for, não é claro que o banco seja mesmo vendido.
Caso não seja vendido, a hipótese de o Novo Banco integrar a esfera pública está em cima da mesa, dando tempo à instituição para se reestruturar a mais longo prazo antes de um novo processo de alienação.
O Novo Banco é presidido por Eduardo Stock da Cunha, que deverá sair da instituição ainda em julho para regressar ao britânico Lloyds Bank, do qual é trabalhador.