Adriano Moreira defendeu ainda a importância de existir «uma certa coincidência indispensável entre o discurso sobre aquilo que se entende fazer para o futuro e aquilo que se faz efectivamente».
No entender do ex-ministro, a distância «entre o dito e o feito é grave» já que «é aí que está a falta de autenticidade que dá origem à falta de confiança».
Crise só passará se interesse nacional prevalecer
O académico considera que o país só será capaz de recuperar das maiores crises que tem enfrentado de o interesse nacional for colocado «acima das diferenças partidárias».
À margem das comemorações do 100.º aniversário do Instituto dos Pupilos do Exército (IPE), Adriano Moreira criticou ainda que não tenha sido «transmitida permanentemente» aos portugueses «a realidade com que o país se defrontava», cita a Lusa.
«É das maiores crise que o país tem enfrentado (¿) naturalmente é o momento em que pôr o interesse acima das divergências e interesses partidários é fundamental e por isso mesmo o talento de governar tem que aparecer, não é o talento de competir por um eleitorado», disse.
Caso os agentes políticos e a sociedade civil não sejam capazes de colocar o interesse nacional acima das diferenças partidárias, então, acentuou, «dificilmente venceremos a crise».
Para o professor universitário, «não há necessidade de renunciar às diferenças», mas apenas de «encontrar, aceitar e defender o paradigma comum que dá identidade ao país».
O antigo ministro manifestou ainda «esperança que o espírito de responsabilidade de governar» prevaleça e que seja encontrada «uma atitude comum para enfrentar uma das maiores crises que o país tem enfrentado».
«Diferença entre o que se diz e o que se faz é que gera desconfiança»
- Redação
- 15 out 2010, 16:14
Adriano Moreira pede que se dê privilégio ao interesse nacional
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