Fitch: «Maior risco de Portugal é nova recessão» - TVI

Fitch: «Maior risco de Portugal é nova recessão»

José Sócrates e Teixeira dos Santos em conferência de imprensa após reunião do conselho de ministros

Agência de notação financeira Fitch acredita, no entanto, nos planos do Governo português, dizendo que são «credíveis»

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A agência de notação financeira Fitch acabou de divulgar um relatório sobre as perspectivas de evolução dos défices da Zona Euro. No entanto, no mesmo documento, a agência dedica um capítulo a Portugal, onde recorda os números do défice.

A Fitch diz que Portugal tem pouca margem para derrapagens orçamentais e que o principal risco que enfrenta é uma nova recessão. No entanto, a Fitch mostra-se confiante quanto ao programa do Governo português para equilibrar as contas públicas.

«A Fitch acredita que os planos do Governo são credíveis», uma vez que o partido que está actualmente no poder conseguiu «uma redução recorde do défice no início da década e o principal partido da oposição apoia a consolidação». No entanto, «o risco mais significativo é o de uma dupla-recessão», visto que «um regresso da contracção do PIB iria tornar os ajustamentos orçamentais muito mais difíceis de conseguir», pode ler-se no documento.

Consolidação orçamental na Europa não chegará antes do próximo ano

Ainda no documento, agora dedicado à Zona Euro, diz a agência que espera que os cortes orçamentais na área do euro comecem em 2011.

Segundo diz o director sénior da Fitch, citado no documento, «enquanto todos os estados-membros estão a responder a vários níveis ao imperativo de colocar em prática programas credíveis de consolidação orçamental no médio-prazo, a necessidade de cortes substantivos ao nível do défice mantém-se limitada à Grécia, Espanha, Portugal e Irlanda».

«Os resultados dos testes de stress à banca estabilizaram o sentimento dos mercados, tal como o crescimento económico mais acentuado do que o previsto no segundo trimestre», acrescenta.

No entanto, alerta a Fitch que a «confiança dos mercados mantém-se frágil com a manutenção dos receios quanto à sustentabilidade da recuperação mundial e as perspectivas para a evolução das contas públicas no médio-prazo»

A Fitch conclui dizendo que a maioria dos países da área do euro já satisfez mais de 50% das suas necessidades de financiamento para este ano.

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