Missão de assistência técnica do FMI em Lisboa no final de Maio - TVI

Missão de assistência técnica do FMI em Lisboa no final de Maio

Senhor FMI apresenta plano de austeridade para Portugal

Fonte do FMI acredita que «o mais provável» é que Portugal receba 5,25 mil milhões de euros a 31 de Maio

O Fundo Monetário Internacional enviará uma missão de assistência técnica a Lisboa entre os dias 30 e 31 de Maio, para iniciar o acompanhamento do programa económico da «troika» para a economia portuguesa.

Esta missão mais curta, de natureza «preliminar» irá «preparar o terreno para uma missão completa de gestão financeira pública, mais tarde no Verão», disse à Lusa fonte oficial do FMI.

«A assistência técnica faz parte dos programas apoiados pelo FMI e União Europeia, e a missão vai encontrar-se principalmente com responsáveis do Ministério das Finanças», adiantou.

Esta fonte indicou ainda que «o mais provável» é que Portugal receba a 31 de Maio 5,25 mil milhões de euros: 1,75 mil milhões de euros do MEEF, 1,75 mil milhões de euros do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) e mais uma fatia de igual montante do FMI.

Isto depois de ontem ter sido anunciado que Portugal vai receber 1,75 mil milhões de euros a 31 de Maio da Comissão Europeia, no âmbito da ajuda internacional, devendo pagar uma taxa de 5,68 por cento por esta «tranche».

Na passada sexta-feira, a administração do FMI aprovou a participação da instituição financeira no resgate internacional a Portugal, com um empréstimo de 26 mil milhões de euros. Do crédito total, 6,1 mil milhões de euros serão disponibilizados «imediatamente», e 12,6 mil milhões de euros até final de 2011.

Após a aprovação, o chefe da missão do Fundo para Portugal, Poul Thomsen, declarou-se confiante nas possibilidades de sucesso do programa para a economia portuguesa, e adiantou que o trabalho técnico do FMI vai começar antes das eleições.

«Não estaremos à espera até às eleições para formar grupos de trabalho, diagnosticar as questões técnicas e andar em frente», disse na altura.

Reembolso ao longo de 12 anos

O apoio do FMI e UE, no valor de 78 mil milhões de euros, permite às autoridades portuguesas evitar recorrer aos mercados durante o período de ajustamento e introdução de reformas. A taxa juro do crédito do FMI será flexível, ajustada a cada duas semanas.

Começará nos 3,25% nos primeiros 3 anos, subindo para 4,25% para os montantes em falta para além desse período. Incluindo o período de carência, o reembolso do empréstimo será feito ao longo de 12 anos, segundo Thomsen.
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