Merkel: «Medidas portuguesas são corajosas» - TVI

Merkel: «Medidas portuguesas são corajosas»

  • Redação
  • Pedro Moreira com redacção do tvi24.pt
  • 2 mar 2011, 16:20

Chanceler anuncia que vai continuar a conversar com Sócrates ao jantar

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A reunião entre José Sócrates e Angela Merkel já terminou: durou 43 minutos e a conferência de imprensa decorre agora em Berlim, com a chanceler a elogiar as medidas portuguesas de austeridade.

Depois de uma chegada com contornos inesperados, na qual os jornalistas foram impedidos de filmar o momento que antecede o encontro, Angela Merkel e José Sócrates levavam dois temas para esta reunião: a situação económica de Portugal e o futuro do fundo de resgate da UE, este último que será definido na cimeira extraordinária dos líderes europeus que decorre nos dias 11, 24 e 25 deste mês.

A acompanhar tudo o que se passa nos bastidores da reunião está o correspondente da TVI Pedro Moreira.

No tvi24.pt e na Agência Financeira pode seguir todos pormenores desta reunião ao minuto, que começa de forma bem diferente daquela que ocorreu em Madrid. Nesse encontro bilateral, foi Angela Merkel que voou até Espanha, e os jornalistas tiveram permissão para acompanhar os líderes europeus até à entrada para a reunião.

Na bagagem, o primeiro-ministro, que viajou acompanhado pelo ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, e pelo secretário de Estado e dos Assuntos Europeus, Pedro Lourtie, leva trunfos novos: os números de execução orçamental de Janeiro e Fevereiro, que apontam para um

corte de 3,6% na despesa do Estado, o primeiro desde 1996 relativo aos meses em questão, segundo escreve o «Diário de Notícias».

Um número que já mereceu vários comentários desde economistas a partidos. Para uns, os dados agora conhecidos representam «sinais positivos», enquanto que, para outros,servem apenas para «impressionar» a chanceler alemã.

Mercados apontam flechas: futuro definido este mês

A reunião de Sócrates e Merkel, em Berlim, acontece no dia em que Portugal volta a testar os mercados, com o leilão de duas linhas de Bilhetes do Tesouro. A emissão foi bem sucedida, mas Portugal foi obrigado a pagar juros mais elevados.

Os juros da dívida pública no mercado secundário atingiram em Fevereiro máximos históricos. Esta manhã, os juros da dívida a 10 anos estão a atenuar nos 7,4%.

Portugal é o país, que ainda não foi alvo de resgate, sujeito a maior pressão dos mercados. E as opiniões parecem ser unânimes: tanto a «The Economist» como o «Wall Street Journal» escrevem que se a reunião dos líderes da Europa falhar o futuro de Portugal fica definido.

Por isso mesmo, Sócrates vai tentar hoje o tudo por tudo para convencer Merkel de que flexibilizar o fundo de resgate europeu é a melhor solução.

[Notícia actualizada às 13h20 com mais informação]
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