O secretário do Estado e dos Transportes disse esta sexta-feira ser «urgente encontrar outras formas de financiamento» para o transporte público além do Orçamento do Estado, defendendo o co-financiamento por parte de quem dele beneficia.
«Não devíamos pôr a financiar o sistema de transportes quem dos transportes beneficia?», questionou Carlos Correia da Fonseca, avançando como exemplo as verbas mais elevadas de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) pagos por prédios próximos de estações de comboio ou metro, que «deveriam ser utilizadas para financiar as autoridades metropolitanas» de transportes.
Falando na sessão de abertura do III Fórum da Associação Nacional de Transportadores rodoviários de Pesados de Passageiros (ANTROP), que decorre no Porto, Correia da Fonseca considerou «uma irracionalidade» o conceito vigente «de que a indemnização compensatória é o valor que sobra do Orçamento do Estado [OE]».
ANTROP acusa Estado de estar de «costas voltadas»
Já o presidente da ANTROP acusou o Estado de estar «de costas voltadas» para os operadores privados.
«Embora nos últimos anos a desconfiança e a reserva tenham sido menores, o Estado continua de costas voltadas e a olhar com indiferença os operadores privados», disse Luís Cabaço Martins.
Para o presidente da ANTROP, o Estado «tem tido como padrão do sector as empresas públicas, para as quais tem regularmente transferido verbas avultadas sem quaisquer critérios, permitindo-lhes ocupar um mercado que à luz da regulamentação actual não lhes pertence».
Transportes: Governo apela a «urgência» de outras fontes de financiamento
- Redação
- RL
- 26 nov 2010, 15:47
Secretário do Estado e dos Transportes disse ser «urgente encontrar outras formas de financiamento» além do Orçamento do Estado. Transportadores lançam críticas ao Estado
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