Draghi: «Grécia fez progressos mas terá de fazer mais»

A Grécia fez progressos significativos na concretização das reformas, mas terá de fazer mais, afirmou esta terça-feira, em Bruxelas, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi.

«Temos de esperar pelo relatório da troika [sobre a Grécia] e, enquanto esperamos, é claro que a evolução nas reformas necessárias é visível e bastante significativa e também é muito claro que terá de ser feito mais», afirmou Mario Draghi, na comissão de Assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu, onde foi ouvido na qualidade de presidente do Comité Europeu do Risco Sistémico.

Durante a sua intervenção, Mario Draghi disse que a situação grega foi discutida na segunda-feira, durante a reunião do Eurogrupo (ministros das Finanças da zona euro), que decorreu no Luxemburgo, cita a Lusa.

No final da reunião dos ministros das Finanças do euro, o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, deu à Grécia até 18 de outubro, dia da próxima cimeira europeia, para mostrar a sua determinação em relação às reformas prometidas como contrapartida à ajuda financeira recebida.

«Sublinhámos que antes de um novo desbloqueio de fundos, a Grécia deve mostrar a sua determinação para adotar as reformas prometidas até 18 de outubro, o mais tardar», afirmou Juncker, em conferência de imprensa.

Atenas pretende o desbloqueio de uma nova tranche, de 31.500 milhões de euros, parte de um empréstimo internacional de 130 mil milhões, acordado no último inverno para recapitalizar os bancos gregos e começar a reembolsar a dívida interna de quase 8 mil milhões de euros.