Cavaco Silva lança apelo à «estabilidade política» - TVI

Cavaco Silva lança apelo à «estabilidade política»

Presidente da República diz que o momento é de «arregaçar as mangas» para tirar o país da grave crise que enfrenta. Já sobre as novas medidas de austeridade, Cavaco Silva preferiu não comentar

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O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, defendeu esta sexta-feira a necessidade de «estabilidade política e governabilidade» para Portugal ultrapassar o período de crise, escusando-se a fazer comentários sobre as medidas de austeridade apresentadas pelo Governo.

«Portugal está numa situação muito difícil neste momento e espero que se mantenha a estabilidade política e a governabilidade para ver se nós conseguimos sair com menos sofrimento da situação em que nos encontramos, em que a preocupação maior de todas é o aumento que se tem vindo a verificar no número de desempregados», disse Cavaco Silva, citado pela Lusa, à margem da visita que está a realizar aos concelhos de Paços de Ferreira, Baião e Felgueiras.

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Sobre as medidas de austeridade apresentadas pelo Governo, o Presidente da República escusou-se a fazer comentários, já que estas «vão agora ser discutidas na Assembleia da República», num debate que considera «importante».

«Não quero que as minhas declarações possam ser aproveitadas pelo debate político-partidário. O Presidente da República não deve interferir. Este é o tempo da Assembleia da República», respondeu Cavaco Silva aos jornalistas.

Cavaco nada surpreendido com crise do país

Já sobre a situação financeira a que o país chegou, o Presidente disse que não se surpreendeu «absolutamente nada», lembrando que, desde 2003, alertou para «a insustentabilidade da trajectória» que Portugal estava a seguir.

«Eu tenho mais de 20 ou 30 textos escritos desde 2003 sobre a insustentabilidade da trajectória que Portugal vinha a seguir. Um país não pode aguentar durante muito tempo gastar muito mais do que aquilo que produz. Esse é o nosso grande drama neste momento», disse Cavaco Silva, tendo alertado para a «subida do risco que é feito nos empréstimos a Portugal».

Por isso, o Presidente da República defendeu que «nós temos que arregaçar as mangas neste momento [¿] e acreditar que venceremos tal como aconteceu noutras fases difíceis da nossa história».
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