«O BCE é o primeiro a querer recomeçar a financiar a economia grega», disse Draghi, «desde que as condições sejam respeitadas», o que não acontece nesta altura, considerou.
As condições dizem respeito às reformas prometidas por Atenas em troca do financiamento concedido pelos parceiros europeus.
No início de fevereiro, o BCE suspendeu o regime de exceção que permitia o acesso dos bancos gregos às suas operações regulares de refinanciamento, ao deixar de aceitar como garantia títulos de dívida da Grécia.
O BCE decidiu, no entanto, manter o acesso dos bancos gregos ao mecanismo de empréstimos de emergência, que tem sido uma tábua de salvação para o setor bancário da Grécia e hoje elevou o seu limite máximo para 68,8 mil milhões de euros, um aumento de 500 milhões de euros.
Draghi, que falava na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do Conselho de Governadores do BCE realizada em Nicósia, afirmou que os bancos gregos são solventes e estão bem capitalizados.
«A última coisa que se pode dizer é que o BCE não apoia a Grécia», disse Draghi, insistindo que a instituição «é governada com regras» e que, essas, não podem ser ultrapassadas para favorecer um país.
Neste momento, a Grécia não será abrangida pelo programa de compra de dívida pública que o BCE vai iniciar na próxima semana, disse Draghi.
O presidente do BCE explicou que isso poderá acontecer quando a Grécia reembolsar o banco pelas obrigações gregas que detém e que vencem em julho, ficando a dívida soberana detida pela instituição abaixo do limite de 33%.