Bolsa e valores sociais só angariou 250 mil euros num ano - TVI

Bolsa e valores sociais só angariou 250 mil euros num ano

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Valor angariado é insuficiente para a concretização de todos os projectos

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A Bolsa de Valores Sociais conseguiu angariar 250 mil euros no primeiro ano de existência, um valor que fica aquém do esperado e que não permitiu a nove das 22 organizações cotadas arrancarem com os seus projectos.

«Nós ficámos abaixo dos objectivos que tínhamos definido. Não estamos satisfeitos porque tínhamos como objectivo angariar 500 mil euros», admitiu, em declarações à Lusa, Celso Grecco, presidente da Bolsa de Valores Sociais (BVS), pouco antes da 1ª Assembleia Geral de Investidores Sociais.

Até esta segunda-feira, a BVS angariou «praticamente 250 mil euros», mas o presidente acredita que até ao final do ano atinja os 300 mil euros destinados a financiar projectos de luta contra a pobreza e exclusão social.

Os responsáveis imaginaram que seria possível nesta altura ter «dois ou três projectos» apoiados a 100% pelos accionistas desta bolsa social. No entanto, das 22 organizações, apenas «13 já estão a andar com os seus projectos», havendo outras «nove que não receberam fundos suficientes para iniciar» as acções.

Balanço consegue ser «positivo»

No entanto, Celso Grecco garante que das 13 organizações com projectos no terreno, «duas estão muito próximas do seu objectivo de angariação de 100%.Quem sabe até ao final do ano a gente consegue concluir essas duas e dizer que duas cotadas foram fechadas», disse.

Apesar de terem ficado «abaixo dos objectivos» definidos para o primeiro ano de existência, Celso Grecco considera que existe também um «balanço positivo» a fazer: «Temos hoje registados no site 679 investidores sociais particulares e seis empresas, num ano bastante difícil para a sociedade».

Além da crise económica, a BVS é um «conceito muito novo» - «é a segunda bolsa do mundo e a primeira da Europa» - que é preciso divulgar.

Celso Grecco lembrou que a BVS não cota projectos que actuam nas consequências, ou seja, «não há projectos que distribuem alimentos ou agasalhos».

Para o próximo ano, a meta é a de pelo menos «duplicar» todos os números alcançados: 600 mil euros em angariação, 12 empresas e chegar aos 1200 investidores.
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