A banca portuguesa tem 4,4 mil milhões de euros em impostos diferidos: O BPI beneficia de 227 milhões, o BCP de 1,3 mil milhões de euros, o Banif de 86 milhões e o Novo Banco regista o valor mais elevado: 2,8 mil milhões, o valor mais elevado.
Em junho do ano passado, o governo português alterou a lei para permitir a conversão dos impostos diferidos em créditos fiscais, à semelhança do que já tinha feito Espanha, para ajudar a banca a cumprir os rácios exigidos pelos reguladores.
Bruxelas pondera agora abrir uma investigação a eventuais ajudas ilegais do estado a bancos em Portugal, Grécia, Espanha e Itália.
Mas afinal o que são estes impostos diferidos que Bruxelas quer investigar? Basicamente correspondem a poupanças em matéria de impostos que são obtidas no futuro. Quando os bancos - e outras empresas - registam prejuízos num determinado ano podem usá-los para abater ao apuramento do imposto a pagar nos anos em que venham a registar lucros.
No fundo, o imposto a abater é registado na folha de ativos do banco, porque é um crédito fiscal sobre o Estado.
Só que o Banco Central Europeu considera que estes ativos não são de qualidade elevada e a Comissão Europeia quer agora perceber como funciona este mecanismo para apurar se configura ou não uma ajuda do Estado ao setor da banca.
Banca portuguesa tem 4,4 mil milhões em impostos diferidos
- Diana Catarino
- Judite França
- 7 abr 2015, 19:29
Bruxelas pondera abrir investigação a eventuais ajudas ilegais do Estado a bancos em Portugal, Grécia, Espanha e Itália
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