UGT: empresas querem mais meia hora para subir lucros - TVI

UGT: empresas querem mais meia hora para subir lucros

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João Proença diz que grandes empresas não precisam da medida para sobreviver

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A UGT não vai aceitar a imposição da meia hora extra de trabalho por dia, uma das medidas que estão a ser discutidas esta quinta-feira em concertação social. Esta medida, acredita, vai fazer disparar o desemprego.

«Manifestamos total indisponibilidade para assinar qualquer acordo enquanto houver a possibilidade de aumentar em meia hora o horário de trabalho diário», disse João Proença à entrada do encontro. «Relativamente ao resto estamos abertos a discutir», acrescentou.

De acordo com o secretário-geral da central sindical, as grandes empresas que querem activar esta possibilidade só querem aumentar lucros. Na mesma linha,

Proença alerta que «o aumento da meia hora é uma invenção do Governo e não tem nada a ver com produtividade. Esta medida só vai provocar aumento do desemprego».

Perante este cenário, o líder da UGT garante que para o ano «o número de postos de trabalho vai diminuir brutalmente, e nas empresas em geral. O desemprego pode mesmo chegar aos 14/15%».

No mesmo sentido, o líder da CGTP, Carvalho da Silva, ataca as medidas e diz que, qualquer uma delas, «é terrorismo social». Para o encontro, o responsável diz não ter «qualquer perspectiva», uma vez que «tudo é imposto».

Numa tentativa de fazer frente a estas declarações, o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, apenas disse uma frase à entrada da reunião: «Estamos aqui para o diálogo».

Em cima da mesa, para além da discussão da meia hora de trabalho diária, está a questão dos feriados, pontes e também da redução do número de férias.
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