«A estimativa de crescimento para 2005 aponta para 0,3%, muito perto da estagnação, mas não chegou a haver recessão», disse o Governador do Banco de Portugal na apresentação à imprensa do Boletim Económico de Inverno - 2005.
Já para 2006/2007, o responsável também antevê que «a retoma vai ser muito moderada», já que a economia portuguesa «ainda está a sofrer os efeitos dos choques significativos que abalaram a economia nacional, como a dependência do preço do petróleo, que quadruplicou, aliado às reduções do défice orçamental». Circunstâncias que «limitam o crescimento», explica.
«No imediato, as reduções orçamentais têm um efeito restritivo e as reformas levam tempo a produzir efeitos. Só a médio tempo vão produzir efeitos», acrescenta.
Só daqui a dois anos Portugal começará a crescer
Vítor Constâncio constatou, por isso, que «em Portugal se assiste a um ponto baixo do ciclo económico» e que «só daqui a dois anos a economia pode começar a crescer normalmente, com os efeitos a dissiparem-se lentamente».
(Notícia em actualização)
Banco de Portugal reduz previsão de crescimento de 1,2% para 0,8% em 2006 (Actualização1)
- Paula Martins
- MF e SAS
- 4 jan 2006, 12:34
(Actualiza com declarações de Vítor Constâncio) O Banco de Portugal (BdP) reduziu a sua previsão de crescimento económico para este ano. A anterior estimativa de 1,2% passa agora para 0,8%. Já em 2005, a economia nacional deverá ter crescido 0,3%.
Continue a ler esta notícia