Recessão em Portugal será de 1,9% este ano

Portugal vai sofrer uma quebra no crescimento económico de 1,9 por cento este ano, enquanto que a economia mundial deverá abrandar três décimas este ano, para 2,7%, indica um estudo divulgado esta quarta-feira.

«Em 2012, o crescimento económico mundial deverá abrandar para 2,7%, depois dos 3% registados em 2011, com o declínio do crescimento nos países emergentes e os países afectados a afundar ainda mais na recessão», refere a análise mundial referente ao crescimento económico, risco país e insolvências, elaborada pela COSEC/Euler Hermes.

Para Portugal, as previsões apontam para uma contracção do crescimento de 1,4% no ano passado e indicam que o Produto Interno Bruto (PIB) deverá afundar em mais 0,5 pontos percentuais em 2012, face ao ano anterior, registando uma contracção de 1,9%.

Crescimento da Zona Euro deverá ser quase nulo

O estudo, citado pela Lusa, indica ainda que 2011 «não foi um ano fácil», entre a primavera árabe, o desastre de Fukushima, no Japão, a crise de dívida soberana e a governação hesitante na Europa, realçando que «a frágil recuperação económica» vivida no primeiro semestre do ano passado sofreu uma «paragem brusca» no segundo semestre e o crescimento do comércio mundial foi reduzido para metade no final do ano.

Por sua vez, o crescimento da Zona Euro para este ano deverá ser quase nulo (0,3%), enquanto que nos países emergentes é expectável que abrande, nomeadamente, com uma diminuição no caso da China para os 8,1% (dos 9,2% em 2011) e um crescimento de 3% para o Brasil, idêntico ao observado no ano passado.

A análise da COSEC/Euler Hermes prevê que os Estados Unidos vão «gozar de um frágil período positivo», com um crescimento de 1,8% no final do ano.

Ao nível das insolvências, a nível mundial, o estudo destaca que estavam ainda em declínio (queda de 3%) no ano passado.

No entanto, a análise prevê que as insolvências aumentem para 12% na Europa e 3% no mundo durante este ano.

Em 2011, cerca de 60% dos países do painel Cosec/Euler Hermes (mais de 240 países e territórios), apresentaram níveis de risco classificados como «significativos ou elevados».

O estudo prevê que a tendência em 2012 é para um aumento do risco país.