Berlusconi: Monti «faz mal» a Itália - TVI

Berlusconi: Monti «faz mal» a Itália

Será mesmo o fim?

«Todos os números pioraram durante o último ano», diz o ex-primeiro-ministro do país

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O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi acusa o seu sucessor, Mario Monti, de estar a seguir um programa económico que «faz mal» ao país.

«O Governo comprometeu-se com uma política económica que faz mal ao país. Todos os números pioraram durante o último ano», afirmou ainda na quinta-feira Berlusconi aos jornalistas, depois de um encontro do partido que fundou, o Povo da Liberdade.

«O sentimento geral de angústia das pessoas com o sistema político deve-se ao facto de se ter instalado um Governo de tecnocratas em vez de um Governo eleito pelos cidadãos», disse o multimilionário, de 76 anos, acrescentando que a sua campanha eleitoral «não vai ser contra Monti, uma vez que ele diz que não vai concorrer e, portanto, seria contraprodutivo», cita a Lusa.

Berlusconi deixou o cargo de primeiro-ministro de Itália em novembro de 2011, depois de uma revolta parlamentar, de uma série de escândalos sexuais e de uma onda de pânico nos mercados financeiros.

Mario Monti assumiu o cargo de primeiro-ministro depois de uma votação do parlamento para substituir Berlusconi e tinha como missão tirar Itália do risco de bancarrota. Monti já disse que não pretende candidatar-se ao cargo nas eleições do próximo ano.

Berlusconi, que foi condenado por fraude fiscal no mês passado e está a ser julgado por alegadamente ter tido relações sexuais com uma prostituta menor de idade, disse que não está a considerar candidatar-se à função de primeiro-ministro, mas prometeu voltar à política.

O partido Povo da Liberdade, liderado por Angelino Alfano, antigo ministro da Justiça no Governo de Berlusconi, tem eleições primárias no próximo mês para decidir o candidato às eleições gerais, que devem ocorrer em março ou em abril de 2013.

A economia italiana, que padece de um misto tóxico de dívida elevada e crescimento anémico há mais de uma década, mergulhou em recessão na segunda metade de 2011 e só se prevê que volte a entrar numa trajetória de crescimento positivo no próximo ano.
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