Portugal precisa de criar mais 200 mil empregos - TVI

Portugal precisa de criar mais 200 mil empregos

Para regressar à taxa de desemprego registada em 2007, antes da crise, os países da OCDE deveriam criar 17 milhões de postos de trabalho

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Portugal precisa de criar mais 200 mil empregos até 2011 para regressar à taxa de desemprego anterior

à crise.

Segundo dados da OCDE, o emprego em Portugal terá de crescer 4% até ao final de 2011, enquanto o fosso entre os postos de trabalho destruídos e a taxa de desemprego de 2007 tem vindo a aumentar. E não só em Portugal.

Os países da OCDE precisam de criar 17 milhões de empregos para voltar a níveis anteriores à crise, segundo o relatório divulgado esta quarta-feira.

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O documento, com dados de Maio, estima que o desemprego nos 31 países mais desenvolvidos do mundo, que integram a organização, afecta 47 milhões de pessoas, correspondendo a uma taxa de 8,6 por cento. E as projecções indicam que a taxa se pode manter acima dos 8 por cento até finais de 2011.

Na Europa, a Irlanda precisa de criar um posto de trabalho por cada cinco que existem ou cerca de 320 mil empregos, para atingir níveis pré-crise, e Espanha perdeu 2,5 milhões de empregos.

No pódio dos postos de trabalho, perdidos desde 2007, estão os Estados Unidos, que representam mais de metade deste valor: em três anos, 10 milhões de empregos foram destruídos.

Portugal surge no grupo do Canadá, República Checa, Hungria e Reino Unido, países que conseguiram, ainda assim, controlar a escalada do desemprego entre os 1,5 e os 3,5 por cento, apesar do retrocesso do PIB.

Criar empregos tem de ser prioridade

«Criar empregos tem de ser a prioridade dos governos», disse o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, na divulgação deste relatório em Paris.

«Combater o desemprego e os défices ao mesmo tempo é um desafio difícil, mas tem de ser enfrentado pelos países. Apesar dos sinais de recuperação já existentes na maioria dos países, o risco de que milhões percam o contacto com o mercado de trabalho continua a existir. Uma taxa de desemprego muito alta como um «novo normal» não pode ser aceite, e tem de ser combatida com estratégica política».
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