A taxa de desemprego em Portugal vai continuar a subir, pelo menos, até 2011, tocando os 11,7% no final do ano, estima a Ernst & Young.
No seu relatório de Verão, a consultora financeira pinta um cenário negro para a economia nacional, arrastando o estado de recessão até 2012.
A acompanhar o grave problema da economia portuguesa está o elevado nível de desemprego. Depois de ter renovado máximos durante meses, a taxa de desemprego vai mesmo continuar a crescer.
Em Abril, a taxa de desemprego em Portugal chegou aos 10,8%, o valor mais alto dos últimos 20 anos, segundo contas da OCDE. Ao todo, 595 mil portugueses estavam à procura de trabalho.
No final deste ano, a taxa de desemprego tocará os 11,1% e vai mesmo chegar aos 11,7% em 2011. Só então deverá começar a recuar: menos 0,1% em cada ano, até 2013.
«Sem reformas estruturais para tornar a economia mais competitiva, Portugal corre o risco de experienciar, no melhor cenário, um crescimento lento durante muitos anos», avisa a Ernst & Young.
No centro destas reformas, uma ideia essencial: «Portugal tem de tornar os gastos e os salários mais cíclicos». Isto é, se a economia cresce os ordenados devem crescer, se a economia está em depressão, os salários têm de ser reduzidos.
A consultora financeira deixa ainda a Irlanda como um exemplo a seguir, por ter aplicado um corte rigoroso nos custos e ter permitido às empresas cortar no número de empregados, em nome da produtividade.
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Desemprego vai subir até aos 11,7% até 2011
- Ana Rita Leça
- 24 jun 2010, 00:01
![Arquivo](https://img.iol.pt/image/id/13144811/1024.jpg)
Depois de ter renovado máximos durante meses, a taxa de desemprego vai mesmo continuar a crescer. Só em 2012 o cenário pode ser outro
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