Alemanha reprova cobrança de impostos a nível europeu - TVI

Alemanha reprova cobrança de impostos a nível europeu

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Comissão Europeia defende tributação sobre tráfego aéreo e transacções financeiras. Mas também transferência de verbas do leilão de direitos de emissões de dióxido de carbono para Bruxelas

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A Comissão Europeia tem planos para cobrar impostos próprios a nível europeu. Mas a Alemanha, que é a maior economia do Velho Continente, já veio reprovar a iniciativa, lembrando que o acordo de coligação entre democratas cristãos e liberais põe de parte esta hipótese.

O Governo liderado por Angela Merkel reagiu desta forma às declarações do comissário europeu do orçamento, Janusz Lewandowski, publicadas esta segunda-feira no matutino «Financial Times Deutschland», a defender uma tributação comunitária.

O responsável adiantou que a Comissão Europeia vai propor já no próximo mês de Setembro aos Estados-membros a cobrança de impostos directos. Mas o porta-voz do Executivo alemão lembrou que a maioria dos países membros que paga mais para os cofres comunitários do que recebe de Bruxelas já rejeitou tal proposta.

As reservas dos contribuintes líquidos da UE «dirigem-se contra a cobrança de impostos a nível europeu, e não contra determinado tipo de impostos», sublinhou a mesma fonte, citada pela agência Lusa.

A ideia era cobrar um imposto sobre o tráfego aéreo, ou um imposto sobre transacções financeiras, que tem sido exigido pela França e pela Alemanha, de acordo com Lewandowski.

A Comissão vai ainda sugerir que sejam transferidas para Bruxelas as verbas a obter com o planeado leilão de direitos de emissões de dióxido de carbono.

Confrontado com as reservas dos Estados-membros em relação a tais planos, Lewandowski alegou que as restrições nos orçamentos nacionais contribuíram para uma mudança de atitude de algumas capitais europeias.

«Muitos países querem aliviar a carga orçamental e abre-se assim a porta à obtenção de receitas a nível europeu que não têm de ser reclamadas pelos ministros das finanças no plano nacional», argumentou.
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