Despedimento: patrões querem que Estado pague indemnizações

As alterações às regras do despedimento voltam esta sexta-feira à discussão em sede de concertação social. Os patrões ainda não estão satisfeitos com as propostas do executivo e querem mais.

A Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) quer mais cedências por parte do Governo, que já propõe cortes nas indemnizações, de 30 para 20 dias por ano, com um tecto de 12 salários, independentemente da antiguidade. Uma redução que a CGTP não aceita.

O Governo propõe ainda a criação de um fundo, financiado pelas empresas, que se destina a pagar parte das indemnizações na hora do despedimento. Mas para a CIP, o Estado devia «comparticipar» e financiar parte das indemnizações a pagar pelas empresas.

Para os patrões da indústria, o executivo também está a ficar aquém do Esperado no que toca ao lay-off, ou seja, à redução ou suspensão temporária dos horários de trabalho.

A 14 de Janeiro, o Governo apresentou uma proposta para limitar o recurso ao lay-off por parte das empresas e proibir os despedimentos de trabalhadores após vigência desse regime de redução ou suspensão temporária de contratos. A CGTP quer que se vá mais longe e se penalize criminalmente as entidades que usam o lay-off para promover despedimentos e não o emprego, escreve a Lusa.